Para você que ainda está meio perdido sobre o funcionamento da tecnologia dual existente nos processadores atuais ai vai uma explicação bem interessante sobre o assunto.
Os processadores de núcleo duplo começam a conquistar os consumidores. Entenda como funcionam os chips e vejas as principais vantagens.
No final de 2004, o então CEO da Intel, Craig Barrett, anunciou que a empresa cancelaria a fabricação do esperado processador Pentium 4 com 4 GHz, conhecido pelo codinome de “Prescott”.
A justificativa de Barrett era clara: a empresa experimentava dificuldades em desenvolver um produto mais rápido que seus antecessores que não aquecesse tanto pelo exagerado consumo de energia.
A solução proposta pela Intel passa pelo ditado popular de que “duas cabeças pensam melhor que uma” - ao invés de sofisticar um processador, por que não usar dois para múltiplas tarefas?Mas colocar dois processadores em uma mesma máquina não implica em problemas de espaço dentro do gabinete? E, se um processador já é caro, comprar logo dois não é restringir a novidade para os mais abastados?
Ainda que tenha ganhado um impulso da Microsoft graças à comercialização de computadores mais potentes para o exigente Windows Vista, a popularização do conceito de computação de múltiplos núcleos ainda é uma realidade distante para que não haja dúvidas como as anteriores.
Para esclarecer dúvidas comuns sobre chips de núcleo duplo, o IDG Now! preparou um guia com os principais pontos que suscitam dúvidas dos usuários.
Para entender melhor chips de núcleo duplo, vale um esclarecimento sobre a maneira como processadores são feitos.
O dispositivo que você compra, sozinho ou dentro do seu PC, traz o núcleo de processamento encapsulado em um estojo, que representa a cara do chip.
Integrar dois núcleos ao mesmo chip não implica em processadores com o dobro de tamanho - em uma cápsula com alterações pontuais, basta que os fabricantes incluam dois núcleos de processamento, cujo tamanho não ultrapassa o de um selo.
Pontos fortes
Pontos fortes
A primeira mudança promovida por esta integração é nominal: a indicação de velocidade de um chip baseada em GHz não é mais válida, já que os dois núcleos costumam ter a mesma velocidade.
Aliar dois processadores é dobrar a velocidade do PC, então? Também não. O trabalho conjunto dos dois núcleos, em harmonia com o cachê compartilhado, torna o processador mais eficiente. Enquanto um núcleo queima um CD, por exemplo, outro pode rodar um game, com comunicação total entre si.
A eficiência dos chips de núcleo duplo não está apenas no processamento. A interação entre ambos os núcleos, além de poupar processamento, economiza consumo de energia, o que, consequentemente, diminui a quantidade de calor produzida pelo PC.
Entre os motivos apresentados por Barrett para justificar a aposta em multi-computação era a produção exagerada de calor presente em processadores de núcleo único.
Tanto aquecimento implicava no uso de sistemas de refrigeração cada vez mais poderosos, que usavam até água e hidrogênio, para evitar que o calor danificasse os componentes internos do micro.
Ao dividir tarefas com os dois núcleos, o processador produz o calor padrão do seu clock (2,16 GHz, por exemplo) sem avançar na sua curva geométrica de aquecimento.
A própria mudança do encapsulamento de processadores para a integração de diversos núcleos representa outra vantagem da nova tecnologia.
Ao mesmo tempo em que desenvolvia os primeiros chips com dois núcleos, tanto AMD e Intel já avançavam nas pesquisas para futuros dispositivos que contem com ainda mais núcleos, dando vazão à escalabilidade do modelo.
Primeiro reflexo deste avanço resvala nos lançamentos feitos pela Intel nas linhas Core 2 Quad e Xeon, com processadores que contam quatro núcleos para desktops e servidores, respectivamente.
A rival AMD planeja colocar no mercado modelos da sua linha corporativa Athlon 64 com quatro núcleos.
A tecnologia de múltiplos núcleos oferece soluções palpáveis para problemas que impediam o avanço dos microprocessadores a computação, o que garante sua provável presença em massas em desktops e servidores pelos próximos anos.
Mas e os pontos contrários? Talvez a maior desvantagem dos processadores de núcleo duplo ainda seja o alto preço pago pelos usuários para uma tecnologia ainda em desenvolvimento.
Como se tornará padrão tanto para Intel como para AMD, a tecnologia deverá forçar as fabricantes a queimar estoques dos chips de processamento único, em estratégia para preparar o mercado para a popularização das suas novas linhas Core 2 Duo e Athlon X2, como ja está acontecendo.
Aliado ao alto preço, o aproveitamento pleno do poder de processamentos dos dois núcleos implica em modificações no software que saibam utilizar a tecnologia corretamente.
Mesmo que apresente desempenho claramente superior, o poderio de chips de núcleo duplo poderia ser melhor aproveitado caso os aplicativos fossem escritos sabendo aproveitar a ligação entre os dois dispositivos.
Aliado ao alto preço, o aproveitamento pleno do poder de processamentos dos dois núcleos implica em modificações no software que saibam utilizar a tecnologia corretamente.
Mesmo que apresente desempenho claramente superior, o poderio de chips de núcleo duplo poderia ser melhor aproveitado caso os aplicativos fossem escritos sabendo aproveitar a ligação entre os dois dispositivos.
Esse texto tem como referencia o ano de 2007, mas é bem instrutivo no sentido de tentar esclarecer um pouco mas sobre essa tecnologia de vários núcleos em um único processador.
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